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27/08/2014

Música III

Para esta semana aqui está uma breve crítica ao novo álbum de Ariana Grande:

Imparavelmente Grande
Finalmente chegou o tanto esperado segundo registo discográfico de Ariana Grande que mostra que ela veio para ficar.
Por: Henrique Real

Depois do estrondo do single de estreia “The Way” no ano passado, a cantora norte-americana Ariana Grande tem sido uma grande revelação no mundo do R&B e um fenómeno internacional. Devido à sua voz delicada e à sua imagem muito doll, ela depressa atingiu o topo da sua carreira, tendo sido bem-sucedida com o seu primeiro álbum (“Yours Truly”) que entrou para o top 20 em dez países, tendo alcançado o nº1 no seu país natal. Por muitos considerada como um legado direto de Mariah Carey, pelas semelhanças artísticas que a primeira tem com a segunda (isso é bem visível quando Ariana produz aqueles ‘gritinhos’ que tão característicos são de Carey), Ariana é a cara jovem do R&B dos nossos dias. Com esta fama fresca, ela não hesitou em trabalhar num novo álbum que impusesse definitivamente a sua presença.
Foi neste contexto que nasceu “My Everything”, que saiu no passado dia 22 deste mês. Este álbum R&B que vive sobretudo de colaborações com artistas ‘do momento’. Temos contribuições de Iggy Azalea; Big Sean; Zedd; Cashmere Cat; Childish Gambino; The Weeknd; ASAP Ferg; Nicki Minaj; Ryan Tedder; Jessie J; David Guetta; Benny Blanco; Nile Rodgers e Harry Styles, que fazem deste disco um trabalho rico em sonoridades e temáticas diferentes, – com um estilo R&B predominante, notamos também a presença de influências da EDM e do Hip-Hop – mas também contribuem para que o mesmo fique muito agarrado à sombra da fama e do talento de outros artistas, não sobressaindo assim o da cantora principal como característica central. Não só está cheio de letras sentimentais e românticas como também temos líricas atrevidas, fazendo assim de Ariana Grande uma artista versátil. As headlines do álbum são “Problem” (que contém um ritmo contagiante e a participação de Iggy); “One Last Time” (uma faixa agradável e sensacionalista); “Break Free” (que é a faixa mais EDM do disco devido à presença de Zedd); “Best Mistake” (uma balada R&B/Hip-Hop austera e pesada); “Love Me Harder” (um dueto bem ao ritmo teen-pop); “Just a Little Bit of Your Heart” (a balada mais melancólica do álbum); “Hands On Me” (uma das canções mais atrevidas e sensuais da cantora) e ”Bang Bang” (a muito esperada colaboração com Jessie J e Nicki Minaj que conta com influências soul e ritmos pró-ativos). Embora não tão ambiciosas como as mencionadas anteriormente mas também elas boas são “Only 1” e “You Don’t Know Me” que juntamente com “Bang Bang” são exclusivas da edição deluxe.
      Em suma: embora Ariana Grande tenha grandes influências de Carey e grandes ajudas de outros artistas neste novo registo, temos também de ver que a doçura e potência da sua voz são algo raras e únicas, dando-lhe a oportunidade de alcançar altas notas e projetá-las no espaço, e isso é a prova que ela tem capacidade para fazer algo mais original a solo sem tantos apoios ou sombras de outros músicos (este aspeto é o que a difere de outros artistas, como Pitbull, que são ‘parasitas’ do sucesso dos outros, não conseguindo fazer algo a solo) ao contrário deste álbum – basta tentar!


HR

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